Egressa do PPGBAS publica artigo em revista ELSERVIER.

Mestra em Biodiversidade, Saúde e Ambiente da UEMA Campus Caxias tem artigo publicado em revista internacional

O artigo “Mudanças climáticas em ambientes abertos: Revisitando a distribuição atual para compreender e proteger o futuro dos répteis psamófilos da Diagonal de Formações Abertas da América do Sul” liderado por Júlia Oliveira, egressa do PPGBAS (Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde) do Campus Caxias, é publicado na Revista Journal of Arid Environments, fruto do seu mestrado.

O estudo destaca a vulnerabilidade dos lagartos e serpentes que habitam solos arenosos da Diagonal Seca da América do Sul diante  das mudanças climáticas e informa a necessidade de políticas públicas dinâmicas para a conservação dessas espécies.

“Compartilhamos nesta publicação que as mudanças climáticas são uma das maiores ameaças à biodiversidade, podendo modificar a distribuição geográfica das espécies e até provocar a extinção de outras. Os lagartos e serpentes que costumam viver enterrados em solos arenosos ao longo da Caatinga, Cerrado e Chaco, são pouco estudados e não se sabia ao certo como as mudanças climáticas poderiam afetá-los. Pensando nisso, decidimos avaliar os efeitos das mudanças climáticas na distribuição geográfica dessas espécies”, explicou Júlia.

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Foram utilizados mais de 3 mil registros de ocorrência para dez espécies-alvo que, juntamente com informações ambientais e técnicas de modelagem de distribuição de espécies, possibilitaram a obtenção de resultados robustos, evidenciando que as mudanças climáticas irão alterar a distribuição das espécies, seja reduzindo ou  deslocando sua área de vida original, indicando risco real de extinção de espécies no futuro próximo (a partir do ano de 2040).

A pesquisadora prosseguiu: “Ainda investigamos áreas que podem assegurar a persistência dessas espécies de répteis no futuro frente às mudanças climáticas. Nosso estudo alerta que as condições climáticas futuras podem diminuir a eficácia das áreas de conservação na proteção da diversidade desses répteis, e indica a necessidade de repensar e ampliar a cobertura das áreas protegidas ao longo da grande extensão territorial da Diagonal Seca da América do Sul. Áreas de transição entre os biomas Caatinga e Cerrado e norte do Chaco argentino, geralmente negligenciadas quanto à sua biodiversidade e proteção, se mostraram adequadas para salvaguardar espécies em  cenários climáticos futuros”, complementou.

Foi identificado neste estudo, também, áreas dentro dos limites do Cerrado, Chaco, Mata Atlântica e Pampas como prioritárias para futuros estudos. Estas foram adequadas para a ocorrência das espécies de répteis de solo arenoso, porém, há ausência de registro documentado dessas espécies.

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Liderado pela mestra Júlia Oliveira, sob orientação da Dra. Thaís Guedes (Jovem Pesquisadora UNICAMP –Universidade Estadual de Campinas-SP), conta também com co-autoria do Dr. Diego Santana (UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Dr. Davi Pantoja (UFPI –Universidade Federal do Piauí) e Dra. Karoline Ceron (UNICAMP). É produto do projeto de mestrado da Júlia Oliveira no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde da Universidade Estadual do Maranhão (PPGBAS/UEMA), sob financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA, BM-05558/21).

Acesso ao artigo: Oliveira, J.S., Santana, D.J., Pantoja, D.L., Ceron, K., Guedes, T.B. (2024) Climate change in open environments: Revisiting the current distribution to understand and safeguard the future of psammophilous squamates of the Diagonal of

(https://doi.org/10.1016/j_jaridenv.2023.105117)

Mais informações: Thaís B. Guedes, Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Departamento de Biologia Animal.

Tel: 55 19 98441-8335

E-mail: thaisbguedes@yahoo.com.br

Twitter: @guedes_lab.          Instagram: @guedes_lab

 

 

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